Quer fazer um pacto comigo?
Coisa assim, bem juvenil, sabe?
Mas não precisamos trocar nossos sangues, não.
As feridas que abrimos um no outro já são suficientes.
Como não demos certo naquilo que as pessoas dizem ser o normal – ficar junto, conviver, transar, passar o dia a dia, brigar, reatar, gostar muito – podíamos mudar as coisas e fazer de um jeito outro, assim:
um casamento espiritual. Por que você ‘tá rindo?
Se tem gente que dá passe, recebe espírito, submete-se a cirurgias espirituais, por que te parece tão absurdo? Peraí. Acaba de ouvir e depois me diz o que pensa.
Veja: nós sabemos que nos gostamos muito. Você não me ama mais como antes, nem eu a você, mas já admitimos que nos gostamos à beça. Que uma força diferente, poderosa, nos une, apesar do tempo e dos caminhos paralelos. Concorda?
Então... se casados espiritualmente, não deixaremos que a sua insegurança nem a minha inconstância nos afaste de novo.
Amor de almas não tem dessa. Está acima das regras do que é se relacionar aqui, no hoje e agora. É um gostar que não perece, nem diminui.
A gente se casa etereamente, temos uma lua de mel imaginária... nos encontramos em sonhos e fazemos amor por telepatia.
Porém, não será tudo tão simples. Teremos neste tempo, um compromisso, como matérias vivas, até que a morte nos separe e nos una lá, no tal paraíso – talvez no inferno, porque ando terrível ultimamente.
Vamos ter de nos prometer nunca – sabe o que é nunca, né? – nos abandonar.
Explico: primeiro que, desse jeito, só podemos viver esse casamento. Nada de traições e trocas por outras almas. Nisso, nos somos exclusivos.
Segundo que sempre que um procurar o outro, por qualquer motivo, será bem acolhido.
Porque casamento de almas pressupõe uma amizade firme, sincera.
Talvez nunca mais nos vejamos pessoalmente, mas deveremos ter presente de que um pode, sim, pedir ajuda ao outro. Seja para falar de um filho que se frustrou em algum exame classificatório para conseguir emprego, seja para lamuriar sobre relações mal resolvidas...
Devemos, pois, ficar alertas. Ouvir nas entrelinhas e perceber os sinais de fumaça.
Na ausência silenciosa de um, o outro deve ir atrás para certificar-se de que está tudo bem.
Porque depois de tanto tempo, de tantas vivências, sei que você é minha alma gêmea. Daí, não tem jeito: casemos!
E também já sei que, neste Planeta, não seremos mais um casal. Porque não sabemos seguir essas regras que impuseram dizendo que só assim é possível ser feliz na vida a dois.
Essa ideia eu tive ontem, depois de beber uma caipirinha. Mas hoje eu ‘tô super sóbria. E faço então o pedido: quer casar sua alma com a minha?
Coisa assim, bem juvenil, sabe?
Mas não precisamos trocar nossos sangues, não.
As feridas que abrimos um no outro já são suficientes.
Como não demos certo naquilo que as pessoas dizem ser o normal – ficar junto, conviver, transar, passar o dia a dia, brigar, reatar, gostar muito – podíamos mudar as coisas e fazer de um jeito outro, assim:
um casamento espiritual. Por que você ‘tá rindo?
Se tem gente que dá passe, recebe espírito, submete-se a cirurgias espirituais, por que te parece tão absurdo? Peraí. Acaba de ouvir e depois me diz o que pensa.
Veja: nós sabemos que nos gostamos muito. Você não me ama mais como antes, nem eu a você, mas já admitimos que nos gostamos à beça. Que uma força diferente, poderosa, nos une, apesar do tempo e dos caminhos paralelos. Concorda?
Então... se casados espiritualmente, não deixaremos que a sua insegurança nem a minha inconstância nos afaste de novo.
Amor de almas não tem dessa. Está acima das regras do que é se relacionar aqui, no hoje e agora. É um gostar que não perece, nem diminui.
A gente se casa etereamente, temos uma lua de mel imaginária... nos encontramos em sonhos e fazemos amor por telepatia.
Porém, não será tudo tão simples. Teremos neste tempo, um compromisso, como matérias vivas, até que a morte nos separe e nos una lá, no tal paraíso – talvez no inferno, porque ando terrível ultimamente.
Vamos ter de nos prometer nunca – sabe o que é nunca, né? – nos abandonar.
Explico: primeiro que, desse jeito, só podemos viver esse casamento. Nada de traições e trocas por outras almas. Nisso, nos somos exclusivos.
Segundo que sempre que um procurar o outro, por qualquer motivo, será bem acolhido.
Porque casamento de almas pressupõe uma amizade firme, sincera.
Talvez nunca mais nos vejamos pessoalmente, mas deveremos ter presente de que um pode, sim, pedir ajuda ao outro. Seja para falar de um filho que se frustrou em algum exame classificatório para conseguir emprego, seja para lamuriar sobre relações mal resolvidas...
Devemos, pois, ficar alertas. Ouvir nas entrelinhas e perceber os sinais de fumaça.
Na ausência silenciosa de um, o outro deve ir atrás para certificar-se de que está tudo bem.
Porque depois de tanto tempo, de tantas vivências, sei que você é minha alma gêmea. Daí, não tem jeito: casemos!
E também já sei que, neste Planeta, não seremos mais um casal. Porque não sabemos seguir essas regras que impuseram dizendo que só assim é possível ser feliz na vida a dois.
Essa ideia eu tive ontem, depois de beber uma caipirinha. Mas hoje eu ‘tô super sóbria. E faço então o pedido: quer casar sua alma com a minha?