25 de novembro de 2010

Da série Influência

A hora do pesadelo

Todo mundo - ou quase - já teve um pesadelo assim: você acha que não está dormindo. Se sente mega acordado, mas deitado na cama. E alguma coisa te prende, não deixa você abrir os olhos, não deixa você gritar, mexer-se ou qualquer coisa desse tipo.
É horrível e existem muitas teorias sobre, das quânticas às espíritas. Respeito todas. Defendo a minha, mas só pra mim mesmo, quando algo assim acontece e me pelo de medo.
Ontem, meu marido me contou que teve um sonho assim. De algo ou alguém querendo sugar a energia dele. Coisa ruim mesmo. E falamos um pouco sobre o que tais vivências podem significar.
Depois de assistir ao primeiro tempo do maldito jogo de meu time, que conseguiu não se classificar para a Copa Sulamericana, fomos deitar exaustos.
Bem cedinho, maridão foi para o trabalho e nos despedimos. Voltei para cama por mais uma horinha.
Nesse tempo, minha amiga, meu amigo, foi o ó!
Tive, então, um desses pesadelos que tiram o ar. Influenciada pela conversa da noite anterior, me vi deitada em minha cama, sem conseguir abrir os olhos. Fiz uma força sobrenatural para sentar-me e, quando consegui, ainda de olhos fechados, percebi que os travesseiros e o lençol grudaram no meu corpo, como tentáculos.
Eu gritava por dentro, porque a voz não saia: "Vou acabar com você, maldito!"; "Eu sou mais eu!" (até no sonho tenho essa coisa meio arrogante...) e por aí afora.
Parecia mesmo que eu estava acordada.
Em questão de segundos, parei de gritar pra dentro e lembrei do papo com o marido. Daí, mudei meu discurso: "Ah, peraí, seu peste! Você quer assustar a mim e ao meu marido, né? Tá querendo briga, é? Mas nós vamos unir as forças de nossas mentes e os raios que sairão dos olhos azuis destruirão o mal!" No mesmo instante, me dei conta das abobrinhas que estava falando e comecei a rir. Só que agora eu não sei te dizer se ri no pesadelo ou se já estava acordada. Porque meus olhos se abriram e vi, na parede, correndo em direção ao banheiro, uma aranha e-nor-me, meio cintilante e transparente. Uma coisa estranhíssima... os travesseiros e o lençol me soltaram, consegui falar alto: "Caraca!". Levantei num pulo e fui atrás da aranha.
Nada! Nem sinal. Se ela existiu, ninguém sabe, ninguém viu.
O que eu acho agora, depois dessa experiência doida, que sonhos assim não me pegam mais. Mas, se me pegarem... "que a força dos olhos azuis esteja com você!!!!"

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