23 de outubro de 2011

Da série Impressões

Cheiro verde

Aqui a chuva cheira tão forte que engana os passarinhos.
Pensam que sempre é Primavera, porque o mato e as flores são perfumes dos temporais.
Perdem-se entre as gotas, ora ralas, da garoa, ora intensas, lágrimas que a Natureza despenca, sem qualquer pudor.
E a vida segue nesse aroma que dispensa perfumes outros.
Cheiro de tarde eterna e noite lenta, cravada de pontinhos brilhantes, amaciantes do firmamento.

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