14 de junho de 2009

Da série Eróticos Urbanos - parte 2(a primeira parte desta série você pode ler na publicação do dia 7 de junho )

Very pretty

Morava com a tia, que a acolheu quando chegou do interior.
Cuidava das primas menores e, uma vez por semana, ficava sozinha,
podendo assistir aos filmes que quisesse, no videocassete da sala.
Um dia, por acaso, colocou lá uma história pela qual se apaixonou.
Naquela vez - só naquela vez - assistiu seis vezes seguidas.
Ela se via nos cabelos lisos, na boca carnuda e no corpo alto e esbelto da mocinha.
Ela viu seu homem, que um dia iria buscá-la, naquele grisalho, de olhos amendoados e sorriso meigo.
Sim! Esta também seria a história de sua vida, cheia de dor, mas de muito amor e final feliz.
Por isso decidiu seguir os passos da protagonista. Deixou a tia e foi ganhar a vida... na vida.
Começou de baixo, recebendo qualquer trocado, mas logo tornou-se a super do pedaço,
conhecida pelas colegas e pelos clientes como 'Pririuoman'.
Também passou a escolher quem atenderia: só grisalhos quarentões.
Fazia de tudo do melhor jeito, no capricho, e em troca queria presentes, motéis refinados, champagne...
De um dos clientes mais fiéis, ganhou o videocassete e a fita do filme,
que ela revia todas as manhãs, quando voltava da labuta, antes do merecido sono.
Já sabia os diálogos de cor, fazia as caras e bocas da mocinha e sonhava-se transando loucamente com o grisalhão.
Em uma noite fria, na esquina de sempre, de casaco branco de pele, ela viu um carrão preto aproximar-se.
Era aqueles grandes, de casamento, com chofer e tudo.
Este desceu do carro e entregou-lhe um envelope vermelho.
Dentro havia um bilhete que ela não entendeu, mas que o chofer leu em voz alta:
"Ai ueiti for iu. Ai nidi iu. Plis, dont sei nou!"
Ela ficou zonza, achou que ia desmaiar. Era ele? Será que, finalmente, era ele?
Conduzida pelo chofer, entrou na limousine, onde champagne e flores a esperavam.
Rodaram ruas e avenidas até que chegaram a uma linda mansão.
Na porta, um mordomo a esperava e a levou a um quarto que dava uns dez do seu, que dividia com duas amigas.
Ela ficou paralisada fente àquela maravilha, cores, flores, tapetes, móveis...
E sentiu a presença de alguém atrás de si...virou-se... meu Deus!!!! Era ele.
Ele mesmo! Os olhos amendoados, o sorriso meigo, a boca pedindo para ser beijada.
Ela não conseguiu se segurar: deixou o casaco cair, mostrando seu conjunto rendado e vermelho e o fio dental comendo-lhe a bunda, toda bela em cima das sandálias plataforma, também vermelhas.
Ele veio ao seu encontro, abraçou-a ternamente e beijou-a primeiro na testa.
Depois, na ponta do nariz, no queixo... e ela, ela que estava ansiosa e louca de tesão,
agarrou-o pela nuca e meteu-lhe um beijo na boca, explorando-a com sua língua cheia de desejo.
Ele retribuiu e começou a acariciá-la, levando-a para a cama king size tripla master plus, onde ela se deitou.
O mocinho tirou as sandálias e começou a beijá-la nas pontas dos dedos dos pés.
Subiu pelas pernas, chupou-lhe as coxas e ficou minutos seguidos nutrindo-se do sexo dela,
que gemia e sentia aquilo que nunca sentiu nos três anos de rua e de grisalhos sem fim.
Depois, ele lambeu seu ventre flácido e chegou aos peitos, deixando ainda mais duros os bicos negros, com os quais brincava fazendo círculos em volta, com a língua insistente.
Ele levantou-se para tirar a camiseta e a calça e, estrategicamente, sem cueca, deixou seu sexo duro exibir-se para ela.
Priri não sabia mais o que fazer e puxou-o contra ela.
Foi quando aquele olhar meigo e sorriso terno tornaram-se intensos e ele a penetrou com tudo o que tinha direito.
Ela o olhava enquanto o movimento de ir e vir tomava conta do silêncio,
e lágrimas de alegria caiam em suas faces cheias de pó-de-arroz.
Nesse encontro de coxas - enquanto as mãos dela apertavam as costas lisas e encantadores dele -veio o gozo mútuo e longo, seguido de um gemido contínuo de seu homem, relaxado sobre ela.
Ele deitou-se de costas e puxou-a para que descansasse em seu peito.
Esticou a mão ao criado-mudo e pegou uma rosa vermelha, que colocou nos cabelos dela, enquanto a beijava ternamente.
Ela deixou-se ficar ali, sem pressa, sem medo, sem querer porquês.
E acordou em sua cama, no quartinho apertado, vestida com o casaco de pele e as sandálias vermelhas.
O filme, no video, já mostrava os letreiros.
Ela quase se pôs a chorar de tristeza por acordar do sonho e saber que jamais seria, de fato,
a Pririuoman, nunca teria ao seu lado o grisalho gostoso, gentil e viril a fazer-lhe as vontades...
Mas segurou as lágrimas quando se olhou no espelho e viu a rosa ainda presa em seus cabelos.

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