22 de junho de 2010

Da série Luto

Contradições

Tenho visto gente nascer pra cá e pra lá.
Bebês lindos, loiros ou morenos, fofos sempre, como é o início de tudo.
Mas, vez ou outra, alguém se vai. Novo ainda, fofo do mesmo jeito.
E isso doi na gente. Doi por lembrar que já foram bebês.
Que começaram a engatinhar, andar, falar... e estavam se fazendo.
O sopro, que se faz verbo, é lindo e brilha como sol em noite de inverno.
O último suspiro, que retorna à terra como pó, é triste, enlutado, como a noite que escurece a manhã de verão.

Aos que morrem tão cedo. Aos que ficam, amando-os à distância, eternamente.

Um comentário:

Tita disse...

Muito triste!
E bonito
Cris