Ex-solteira não procura
Ontem foi minha despedida de solteira. Eu casei e, depois, a despedida.
Tudo diferente do que fiz quando casei pela primeira vez.
Lá atrás, segui à risca todos os preparativos, da cerimônia religiosa à festa e lua-de-mel.
Eram os meus 25 anos de vida...
Hoje, aos 48, sai do trabalho numa sexta e voltei na segunda de aliança e tudo.
Avisei os mais chegados e recebi reações diversas: de apoio, incentivo, surpresa, desaprovação... e por aí afora.
Um mês depois, as amigas do trabalho bolaram uma despedida de solteira em uma loja super bacana, de lingeries e artigos mais que sensuais, se é que me entende...
Cheguei lá vendada. Fizeram o maior suspense. E enquanto o mistério permanecia, imaginei de tudo, até eu no palco do Clube das Mulheres ao lado de um cara mega sarado, colocando 10 reais na sunguinha dele ("Ainda bem que eu tenho dinheiro trocado!")
A noite começou. E quando me tiraram a venda, fiquei ali parada olhando as araras cheinhas de calcinhas e sutiãs maravilhosos!
Na mesa de vidro, no centro, salgadinhos para alimentar a ansiedade e a deliciosa champagne para relaxar os músculos. "Tim, tim!!! Tô casada, meninas!"
Com minhas amigas queridas, e auxílio da professora da casa, fui sabendo um pouco mais sobre o poder de sedução. Quase me inscrevi no curso de dança no cano.... sabe aquele que as moças aparecem fazendo nos puteiros dos filmes? Então... meu lado Demi Moore (que vezes balança pra Gosth e vezes vai pra bandas de Strep Tease) estava animadaço.
Acabei mesmo tirando muitas fotos, rindo um bocado, experimentando fragrâncias e cremes afrodisíacos e deixando a imaginação me levar.
Pensava no marido, que nem imaginava o que acontecia comigo - porque falei que não sabia mesmo, mas que tinham me convocado para algo nessa terça à noite: "Não marque compromisso, hein?", alertou-me uma das colegas que adoro.
Sai de lá mais casada do que nunca, meio alegrinha pela champagne, contente da vida porque esta fase está sendo maravilhosa e com algumas comprinhas para o fim de semana...uh,uh!
Hoje, quando acordei, lembrei de cada detalhe e me percebi outra nisso tudo. Senti-me super bem por poder ser e fazer desse jeito, sem regras, sem passos ensaiados.
Imprimi, neste momento de minha história, um estilo próprio, de lingeries mais ousadas e fantasias livres.
Isso! Livre! É assim que me sinto, mesmo não sendo mais uma mulher solteira. E especialmente por não sê-la.
O conceito de liberdade, na altura da vida, muda muito, te garanto. Porque estou presa -muito presa - à felicidade.
Um comentário:
bonito.
Postar um comentário